Nesta terça-feira, dia 7 de agosto, após serem surpreendidos pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) com o despacho que propõe a manutenção do ACT 2017/18, mais o pagamento de reajuste salarial com base na inflação, a categoria aprovou na assembleia do SINTECT/DF a orientação do Comando Nacional de Mobilização e Negociação da FENTECT (CNMN) e da Findect (as federações lançaram informe em conjunto) pela manutenção do estado de greve, com nova assembleia e indicativo de paralisação para o dia 14 de agosto, e o encontro entre o Comando e o ministro vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Renato de Lacerda Paiva, para que ele ouça e conheça de perto a realidade dos trabalhadores dos Correios.
Para Amanda Corcino, presidenta do sindicato, o despacho do TST foi uma surpresa e também uma arbitrariedade. “É o Judiciário intervindo na organização sindical. No entanto, a gente entende que, diante dos ataques da ECT, essa proposta representa avanço, preservando nossas conquistas. Mas entendemos, ainda, que é preciso buscar melhorias”, ressaltou.
Segundo a presidenta também é preciso que haja a reunião com o TST para rever a questão dos descontos do plano de saúde, já que há trabalhador pagando até 70% do benefício e mais de 14 mil ecetistas já se desligaram do plano para não arcar com o ônus.
De acordo com o secretário geral da FENTECT, José Rivaldo da Silva, o TST precisa ouvir os trabalhadores. “Não quero dizer que o ministro vai mudar essa situação, mas ele precisa entender a nossa situação. Se aprovamos aqui a proposta do tribunal, de prontidão, isso vira moda. É necessário organização e preparação para esta semana sermos recebidos pelo ministro, para dialogar com ele e o pessoal do Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins, Maranhão e Bauru”, explicou.
Dentro e fora dos Correios
Na ocasião, o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, convidou também os trabalhadores dos Correios a fazerem parte do Dia do Basta, sexta-feira, 10 de agosto. Serão realizadas ações por todo o Brasil para dizer não à retirada de direitos e à política de desmonte das empresas públicas e estatais. Já a deputada Érika Kokay (PT-DF) ressaltou o compromisso, este ano, da categoria com as eleições, para que não elejam novamente os companheiros do presidente golpista Michel Temer. Além disso, colocou a Comissão do Trabalho à disposição dos ecetistas.
Pela ação contínua
A categoria do DF e entorno aprovou também na assembleia desta terça-feira o desconto assistencial de 1% durante quatro meses, para manter o sindicato participativo em todas as lutas da categoria e nacionais contra a retirada de direitos e as privatizações. “Este ano, a nossa dificuldade é maior ainda por não termos o imposto sindical. Por isso, é importante a conscientização da categoria para mantermos a luta”, destacou Amanda.
Agora, é preciso que todos os trabalhadores se mantenham informados e participem das mobilizações que virão. “Foi a força da nossa última assembleia que forçou a empresa a recuar e ir ao TST solicitar uma imposição do tribunal. Demonstra um amadurecimento muito grande do Comando unificar as duas federações, para tomar atitudes conjuntas. Por isso, o SINTECT/DF decidiu encaminhar a orientação das representações”, finalizou a presidenta Amanda.
FONTE: SINTECT/DF
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