A forte mobilização garantiu aos trabalhadores a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), preservando os benefícios e conquistas históricas. Ontem (14), em assembleia do SINTECT/DF, a maioria dos ecetistas do Distrito Federal e do entorno aprovaram a assinatura do ACT pelo Comando de Negociações nos moldes da proposta do Tribunal do Superior do Trabalho (TST). Além disso, também aprovaram à moção de repúdio ao presidente dos Correios, Carlos Fortner, pela tentativa de interferir na proposta do tribunal, o ingresso do Procedimento de Mediação Pré-Processual (PMPP) quanto à abusividade do plano de saúde e a manutenção do estado de greve, em decorrência da campanha jurídica e política que terá início com o ingresso do PMPP.
Plano de Saúde
Quanto ao plano de saúde, embora a representação da categoria ainda trave uma batalha incessante, o ministro informou que a questão não teve julgamento definitivo. Logo, a situação do benefício continua regida pelo processo TST-DC-1000295-05.2017.5.00.0000. Ficam sem alteração apenas questões sobre os exames periódicos e a gratuidade em caso de acidente de trabalho. Por isso, a decisão do Informe Unificado das federações, FENTECT e Findect, de seguir com o caso, entrando com o PMPP, para encontrar uma solução para dar fim ao custeio oneroso do plano de saúde dos ecetistas.
Segundo o secretário geral da FENTECT, José Rivaldo da Silva, os representantes dos trabalhadores questionaram o ministro sobre um pedido de mediação. “Se os trabalhadores proporem uma revisão em forma de protesto, o tribunal vai aceitar o processo de mediação como aceitou o pedido da ECT? O ministro respondeu que ‘Se entrarem, a gente acata e convoca a direção dos Correios para sentar e rediscutir o plano sob mediação’”, relatou Rivaldo, que deixou clara a existência de condições para o debate de uma forma mais ampliada sobre como reduzir o percentual de pagamento do plano.
Postalis
Na oportunidade, Jailson informou acerca do pedido de CPI do Postalis feito a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, dia 06/08.
Estado de greve
Embora a proposta não traga prejuízos à categoria, fica a crítica quanto ao posicionamento do TST, que interferiu na campanha salarial antes mesmo de existir o conflito. A presidenta do SINTECT/DF, Amanda Corcino, lembrou que há uma autonomia sindical que deve ser preservada e que o comportamento do tribunal é lamentável.
A proposta dividiu a categoria e esvaziou as assembleias. “Assembleia é para mostrar organização, posição e a insatisfação do trabalhador. Eram para estar presentes todos os OTTs mostrando que estão insatisfeitos com a extinção dos cargos; os atendentes para demonstrarem indignação com o fechamento de agências, a sobrecarga de trabalho e a falta de segurança, ainda os motociclistas para dizer que não vão aceitar ser substituídos por motoboys. Sem uma grande mobilização fica difícil enfrentar o TST”, exclamou a presidenta do sindicato.
Mesmo com o resultado final da campanha aquém do esperado pela maioria da categoria, o texto do tribunal freou os ataques da direção da empresa. Agora, temos que acumular forças para tencionar o TST com o ingresso do PMPP. Vamos nos manter mobilizados, em estado de greve, denunciando e lutando contra os descontos absurdos da Postal Saúde no rendimento dos funcionários. Estamos em meio a uma guerra onde a paz triunfará somente com a vitória por meio da nossa união.
Agradecimentos especiais ao Emerson, Amanda, Rivaldo e toda a diretoria da Fentect.
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